segunda-feira, 18 de julho de 2011

Amor em Ruínas- Ceder

"É hora de seguir em frente, chega de esperar indefinidamente por uma mulher que está muito apegada ao seu passado". Carl disse a Anna durante o jantar naquela quinta-feira. Eles estavam muito próximos para evitar sentimentos.
Anna sorriu para ele e respirou profundamente, como se estivesse dizendo: "finalmente!"
Ele olhou em seus olhos e beijou suas mãos. “Você quer passar o fim de semana comigo e com Lizzy?”
‘Eu adoraria Carl.’
"Talvez mais tarde, poderemos passar algum tempo sozinhos, apenas nós dois. Eu tenho o lugar ideal em mente." Ele queria levá-la ao seu parque favorito, sentar em um banco sob a lua e, finalmente, deixá-la entrar em sua vida.
Ele a levou para casa e beijou-a pela primeira vez. Ela não dormiu naquela noite, tudo em que conseguia pensar era que Carl, o homem dos seus sonhos, tinha finalmente cedido a ela.
Carl também não conseguia dormir. Ele continuava pensando em Anna, mas Lynn aparecia em sua mente de vez em quando. Ele odiava isso. Ele queria esquecer essa mulher, ela não merecia um minuto de seu tempo, e ainda assim, ela ainda estava viva em seu coração. Talvez devesse se livrar de algumas fotos no quarto de Lizzy, dessa forma, talvez pudesse esquecer seu rosto. Essa seria a primeira coisa que faria no dia seguinte de manhã. Além disso, Anna estava vindo passar o final de semana com ele, e Carl queria que ela visse que Lynn não fazia mais parte de sua vida.
Cedo, naquela manhã de sexta-feira, Carl começou a aprontar Lizzy para a chegada de sua nova visita...
"Você conhece Anna né?”
'Sim'.
“Ela está vindo aqui esse fim de semana, eu acho que chegou a hora dela passar mais tempo com a gente. Você vai se comportar?”
'Yep..Eu gosto da Anna.’
“Oh Lizzy, eu já lhe disse que sou louco por você?”
'Não.' Ela sorriu.
‘Eu ouvi direito Carl? Dona Stafford estava descendo as escadas e tinha ouvido tudo...’
"Ah, sim, mamãe, eu a convidei este fim de semana.” Carl olhou para longe.
‘Não é um pouco cedo para você meu filho?’
“Mãe, por favor. Eu esperei muito tempo já, além disso, não há mais nada entre nós. Eu quero seguir em frente.”
‘Filho, você está machucado, eu posso entender isso. Mas não se envolva em algo que só vai tornar as coisas piores para você.’
"Eu não quero falar sobre isso, eu tenho que ir. Tchau mãe. Tchau Lizzy... Ah, já ia me esquecendo, eu pedi para a Anna apanhar Lizzy na escola, mais tarde, ok? Ela vai trazê-la para casa. Eu tenho um monte de trabalho hoje à noite para terminar, provavelmente vou chegar um pouco mais tarde que de costume.”
Ele beijou Lizzy e saiu.

Amor em Ruínas- A Surpresa

Lynn disse a seu chefe que tinha uma consulta importante com seu médico na sexta-feira, mas essa era mais uma mentira que ela tinha que contar. Desde que ela tinha saído da presença de Carl, era como se tivesse se transformado em uma má pessoa em todos os sentidos. Mentir era o seu novo hábito ultimamente, e ela se sentiu mal por isso. Lynn fez a mala na noite anterior e saiu mais cedo para pegar o primeiro vôo para Atlanta, não por Carl, não para voltar para onde ela deveria estar, mas para poder dar uma olhadinha em Lizzy, de muito longe, em um canto escondido em algum lugar na escola, ela ia ver a filha novamente, mesmo que apenas por alguns minutos.
A tarifa aérea era muito cara. Lynn não teria dinheiro suficiente para pagar a passagem de volta... ai que vida! Talvez Josh pudesse ajudá-la mais uma vez, Afinal de contas, ele devia isso a ela por todos os momentos maçantes que teve que passar ao lado dele.
"Oi Josh, desculpe te ligar assim tão cedo, você pode falar?"
'Hey Lynn, que horas são?'
"São 6:00 horas. Desculpa, mas eu realmente preciso de você... "
'O que está acontecendo Lynn?'
"Minha tia teve um ataque cardíaco na noite passada e eu preciso ir vê-la, mas eu não tenho dinheiro suficiente para pagar uma passagem de volta... Eu gostaria de saber se você pode me emprestar algum dinheiro... "
"Claro, sem problemas. Sinto muito por isso. Sua tia está bem?'
"Eu não sei, a última vez que falei com o meu tio, ela estava se recuperando, mas nunca se sabe ...' Mentirosa, mentirosa, mentirosa,' era tudo que ela conseguia ouvir sua consciência dizer.
'Onde posso encontrá-la?'
"Bem, eu já estou no aeroporto... Se você não se importa, pode pagar o bilhete por telefone, e aí eu lhe devolvo o dinheiro até o final do mês... "
"Não tem problema, vou pegar minha carteira."
E foi assim que a coisa aconteceu. Lynn conseguiu o que queria, usando o amor do pobre rapaz por ela. "De qualquer forma vou devolver o dinheiro dele"pensou ..
Lynn chegou em Atlanta, e para ela tudo parecia igual. O céu, os edifícios e os jardins continuavam bonitos, mas vazios. Ela pegou um táxi no aeroporto e foi direto para a pré escola de Lizzy. A mesma estava localizada a uma hora do aeroporto, mas como ela não chegou a usar o dinheiro para a passagem de avião, poderia, nesse momento, se dar ao luxo de pegar um táxi. Lynn descansou um pouco para que o motorista não lhe fizesse muitas perguntas.
'Chegamos senhora.' O taxista a acordou.
"Oh, obrigada.” Ela o pagou e saiu. Havia alguns pais das crianças lá, não muitos, ainda havia 30 minutos até que a campainha tocasse. Lynn tinha se afastado de todos, estava atrás das árvores, um local pouco visível para qualquer pessoa vê-la. Assim que encontrou o lugar perfeito, alguém chamou pelo seu nome

Amor em Ruínas- É o Fim

Seis meses se passaram e nenhum sinal de Lynn. Carl não falava mais dela. No escritório, tudo se resumia a trabalho, ele estava agora mais concentrado nisso do que nunca. Lizzy já tinha se acostumado com seus pais em casa e gostava disso. Ele não podia deixar de olhar para ela e não se lembrar de Lynn, cada dia que passava ela se parecia mais e mais com ela.
Anna ainda estava trabalhando para ele, mas eles estavam mais unidos agora. Eles haviam saído juntos algumas vezes apenas por razões de trabalho, nada havia acontecido entre os dois ainda, embora as coisas pareciam estar progredindo neste sentido. Carl pensava em Anna com mais frequência agora, ela era gentil e bonita. Ele gostava do som de sua risada e do seu jeito feminino de se vestir. Mas ela não era como Lynn, apesar de preferir não pensar nisso.
Ele pensava em convidá-la para sair sem ser a trabalho. Carl tinha certeza de que ela aceitaria num piscar de olhos, ele apenas não tinha tanta certeza se estava pronto para isso.
O barulho de seu telefone tocando interrompeu seus pensamentos e quando Carl está prestes a atendê-lo, viu escrito no visor: "número desconhecido." Seu coração acelerou um pouco, poderia ser...
'Olá.'
'Carl oi, sou eu.'
"Lynn!” Neste instante Carl se lembrou de não soar tão animado... "Onde está você?”
‘Isso não importa Carl. Eu não vou voltar,’ suspirou ela. ‘Como está Lizzy?’
"Bem, se você não está voltando, eu acho que isso também não importa para você."
‘Não comece com isso Carl. Eu tenho o direito de saber como ela está, não é?’
"Ela está bem agora. Está com meus pais. Eles estão morando comigo."
'Oh ... Eu acho que é algo bom para vocês dois.’ Ela ficou muito satisfeita de saber que eles estavam sendo bem cuidados. Lynn se sentia menos culpada agora.
"Posso perguntar o que você tem feito esses dias?"
‘Estou trabalhando e pronta para dar o próximo passo.’
"Qual é o próximo passo?”
‘Divórcio.’
O silêncio pairou no ar. Ele temia ouvir essa palavra há muito tempo e agora ela estava sendo dita. Carl sentiu a dor que estava tentando evitar todo esse tempo.
‘Eu só quero que toquemos as nossas vidas Carl. Não deu certo para nós e eu quero que você tenha uma família. Lizzy precisa de uma mãe e você de uma esposa.’
"Quem disse que eu preciso de uma esposa? Estou ótimo, como estou,” mentiu ele.
‘Claro que está. Bom, eu só quero que saiba que eu não vou voltar. Está tudo acabado entre nós e eu quero o divórcio. Eu não tenho meios para pagar um advogado, se você puder fazer isso por mim, eu irei lhe agradecer muito. Eu não quero o seu dinheiro. Sendo assim, você não precisa se preocupar com nada disso. E Lizzy ... Eu quero vê-la novamente, eu apenas não estou pronta para isso agora, mas estarei em breve ... ‘
"Me dê um contato para que eu possa mandar os papéis para você assinar.”
Você pode enviá-los para a minha nova caixa postal. Eu já postei algo a Lizzy e você pode pegar os dados lá.’
Carl se sentiu mais uma vez magoado, ela realmente não queria vê-lo novamente ...
'Adeus Carl.’ Lynn fez questão de parecer fria e indiferente, mas no fundo, ela estava chorando, um choro de tristeza profunda.
"Adeus Lynn.”

Amor em Ruínas- Furioso em Casa

Estava sol lá fora, mas não importava que estivesse chovendo o dia todo. Quanto mais Carl pensava em Lynn, mais ele a odiava. Ela havia desaparecido por uma semana e Lizzy não parava de chorar. Bastava acontecer qualquer coisinha para ela começar a fazer birra, e o pai sabia o porquê, pois se sentia da mesma forma.
Os pais de Carl estavam com ele. Eles tinham planejado uma visita para um fim de semana, mas com a partida repentina de Marilynn, acharam que seria melhor ficar e ajudar Carl a lidar com tudo isso. Sr. Stafford costumava sentar com seu filho e conversar durante horas, mas Carl estava se fechando completamente. Seu ego estava ferido e não importava o quanto eles falassem sobre fé e alcançar Lynn através de oração, Carl estava indiferente a tudo isso. Ele culpava Lynn.
Dona Stafford passava a maior parte do dia com Lizzy. Assim como seu pai, a criança estava chateada com a situação, à sua própria maneira. Ela ainda era muito jovem para entender o que estava acontecendo, mas não jovem demais para não sentir. A casa estava uma bagunça. Dona Stafford cozinhava, limpava, lavava, e ainda assim, a casa não estava com uma boa aparência. Lynn estava desaparecida e ninguém se importava com mais nada naquela casa. Era como se a vida tivesse ido embora dali e tudo o que restava eram sentimentos de rancor, ódio, raiva e culpa.
Carl não ia ao trabalho também. Funcionários do escritório já haviam inventado seus próprios boatos, e algumas mulheres já faziam apostas entre si para ver quem seria a primeira a fisgar Carl, especialmente Anna, sua secretária de cabelos vermelhos. Ela ligava para ele todos os dias, esperando que Carl lhe desse uma pista do que estava acontecendo, e assim, eventualmente, deixaria escapar uma coisinha...
"Anna, você tem alguma notícia da minha mulher?"
"Não Sr. Stafford, o senhor quer que eu tente encontrá-la?"
"Não Anna tudo bem, eu não tenho o número dela de qualquer forma."
"Sr. Stafford, me desculpe, eu não quero me intrometer, mas as pessoas no escritório começaram a soltar alguns boatos de que o senhor não virá trabalhar esta semana, e eu eu não gostaria de saber que os mesmos são verdadeiros ..." Anna mentiu, como de costume.
"Que tipo de boatos?"
"De que dona Stafford o deixou por outra pessoa."
"Não é isso. Ela foi embora, mas nós não estávamos nos dando bem de qualquer forma, e para dizer a verdade, neste momento, isso é o que menos importa. Eu só tenho que descobrir como lidar com Lizzy e com a casa. Estarei de volta ao escritório na segunda-feira. Tenha tudo pronto para eu assinar depois."
"Claro Sr. Stafford ... Eu só gostaria de lhe dizer que realmente sinto muito por tudo o que aconteceu. Se há algo que eu possa fazer para ajudar, por favor, me ligue ... mesmo que seja depois do expediente." E com isso, ela deixou sua marca. Anna sabia que levaria tempo, mas Carl acabaria por cair de joelhos diante dela.
"Obrigado Ana, você já tem sido de grande ajuda. Tenho que ir agora, mas obrigado!"
Assim que Carl desligou o telefone, as palavras de Anna continuavam ecoando em seus ouvidos. Ele não estava atraído por ela e, ainda assim, ela o fez se sentir bem e amparado. Algo que ele não sentia há algum tempo com Lynn. Talvez ele devesse se livrar dela ..

Amor em Ruínas- Uma Pequena História-Parte VI

Na manhã seguinte, o carro de Lynn não estava mais lá. A casa estava vazia e sem graça. Carl tentou entrar em contato com Lynn pelo celular, mas o mesmo estava desligado. " Típico dela,” pensou. Ele tentou ligar para seus pais para lhes dizer para não virem, mas já era tarde demais, a essa hora eles provavelmente já estariam a caminho.
Ele tentou imaginar onde ela poderia ter ido desta vez. Na última vez que ela fez isso, o deixou sozinho em um fim de semana, também por causa de algo sobre o seu passado. Ele continuava tentando contornar a situação, mas as coisas já estavam ficando fora de controle.
"O que poderia ter acontecido em seu passado que valeria a pena pôr em risco o nosso casamento?” Pensou ele.
Carl começou a se aprontar para a chegada de seus pais, e assim foi para a cozinha para começar a preparar algo para eles comerem. Mas para sua surpresa, havia um bilhete na geladeira. E por algum tempo, ele mal pode respirar...
"Caro Carl,
Você merece uma esposa melhor. Desta vez, não vou voltar. Eu deixei Lizzy com dona Johan esta manhã, e eu disse a ela que você viria apanhá-la mais tarde.
Lamento que as coisas não deram certo para nós dois, eu vou sentir muito a sua falta e a de Lizzy, mas o tormento que eu vivo cada minuto do meu dia, tem sido demais para mim agora. Eu odeio a maneira como eu faço você se sentir, você certamente não precisa disso.
Por favor, diga a Lizzy que eu a amo.
Atenciosamente,
Marilynn"

Amor em Ruínas- Uma Pequena História-Parte V

Lynn sabia que estava levando aquilo longe demais, mas não tinha mais controle sobre si mesma, ela sentia uma profunda frustração dentro de si, especialmente com relação a assuntos relacionados à família. Lynn havia sido rejeitada desde que nasceu e nunca conheceu seus pais verdadeiros. E quando sua vida estava começando a fazer sentido, as duas únicas pessoas que realmente a conheciam, morreram. Ela amava Carl, mas isso não era o suficiente para arrancar toda a sua dor, e agora, vendo a sua persistência em fazer as coisas funcionarem entre eles, ela se sentia ainda pior. Sem mencionar Lizzy, a criança que ela nunca imaginou merecer ter, estava no meio de toda essa situação. Ela pensou em separar-se de Carl, talvez apenas por um tempo, até que pudesse desvendar tudo isso, começando por quem eram seus pais verdadeiros e por que ela foi rejeitada quando a maioria das crianças no mundo são tão bem recebidas por seus familiares.
Carl bateu na porta e persistentemente pediu a ela que a abrisse para que pudessem conversar. Da maneira como as coisas estavam indo, provavelmente algo pior poderia acontecer, e ele precisava fazer alguma coisa. "Vá embora, Carl, eu quero ficar sozinha," disse ela com aquele tom irritado que estava começando a ser muito comum ultimamente. "Certo, então eu vou deixá-la sozinha. Vou fazer algo para Lizzy e eu comermos e quando quiser conversar, apenas me chame."
“Por que você tem que ser tão paciente, Carl? Apenas demonstre o que está sentindo! O nosso relacionamento não vai bem e eu acho que as coisas não vão mudar, pelo menos por enquanto. Eu preciso de um tempo, e não me refiro apenas há alguns minutos, eu quero dizer um tempo separados.”
Os lábios de Carl ficaram entreabertos e de repente seus piores temores foram se tornando reais. “Por quê? Apenas me diga porque, Lynn?”
"Eu não sei Carl, eu só tenho que me encontrar e eu não gosto de quem me tornei. - Preciso me encontrar,” disse ela chorando.
"É sobre o seu passado, Lynn?,” perguntou ele abruptamente.
"Apenas me deixe só, Carl, eu quero voltar para a casa da minha avó e ficar lá por algum tempo para pensar sobre as coisas, você vai me dar esse tempo?"
Carl não respondeu, foi até a cozinha, preparou um sanduíche para ele, colocou Lizzy para dormir, e depois foi se deitar. Sua mente estava muito confusa. Todos os tipos de pensamentos passavam por ela e pelo fato de ter ido cedo para a cama, a mesma estava vazia e sem graça, sem Lynn. "Por que meu Deus, por que isso está acontecendo comigo?” Ele orou pela primeira vez em seis anos.
De repente ele lembrou que a última vez que orou a Deus foi exatamente antes de conhecer Lynn. Ele costumava vê-la todos os dias em um dos shoppings favoritos de sua mãe na cidade. Lynn trabalhava numa loja de sapatos e chamou a sua atenção logo na primeira vez que ele colocou seus olhos sobre ela. Ela era a garota mais bonita que ele já tinha visto. Lynn tinha cabelos longos, castanhos claro e gostava de usá-los presos num rabo de cavalo. Sua pele era clara e perfeita. Seus olhos verdes muito intensos e seu corpo, incrivelmente curvilíneo. Ele foi à sua loja muitas vezes, sempre com uma desculpa diferente, apenas para que pudesse vê-la.
Naquela época, Carl costumava ir à igreja. Ele foi criado num lar cristão por seus pais que eram muito devotos a Deus. Sua mãe lhe ensinou a orar quando ele tinha apenas 3 anos de idade e desde então, ela fez questão de ensiná-lo todas as histórias da Bíblia. De fato, ele e seus dois outros irmãos e irmãs haviam tido uma educação cristã, mas de alguma forma haviam se distanciado desses ensinamentos ao longo de suas vidas. Isso veio à tona no dia em que ele viu Lynn. Ele orou para que Deus pudesse fazer com que ele a conhecesse, e quando finalmente conseguiu convidá-la para sair, nunca mais orou a Deus novamente. De alguma forma essa lembrança lhe pareceu conectada, pois aqui estava ele a perdê-la, e a orar a Deus depois de seis anos de silêncio.

Amor em Ruínas- Uma Pequena História-Parte IV

Depois de um longo banho, Marilynn estava pronta para começar sua busca na Internet. Ela havia escrito tudo o que sabia a respeito do seu passado - o orfanato que viveu até os 8 anos de idade e, os nomes dos pais adotivos. Seus pais adotivos morreram em um acidente de carro quando ela tinha 15 anos, por essa razão ela foi levando a sua vida, morando com tios à avós até que tivesse idade suficiente para seguir uma carreira. Mas ela se casou com Carl antes que tivesse decidido qual carreira gostaria de seguir. Ela adquiriu apenas o diploma de ensino médio, faltando apenas alguns anos para obter uma graduação no ensino superior.
A medida que o operador de busca na Internet começava a mostrar listas e mais listas de links com o nome de seu orfanato, o barulho do carro de Carl pode ser ouvido entrando pela porta da garagem. Lizzy começou a fazer seus habituais ruídos de felicidade por causa da chegada do pai e Marilynn imediatamente desligou o laptop.
Durante o seu trajeto de uma hora a caminho de casa, Carl só conseguia pensar em Lynn e o que poderia ser feito para as coisas voltarem a ser como eram antes de Lizzy nascer. Ele já havia até mesmo feito uma lista de coisas que deveria tentar naquela noite, e algumas surpreendiam até a ele mesmo, como tomar Lynn em seus braços, colocá-la na cama e fazer amor com ela apaixonadamente a noite toda, e depois acordá-la com beijos e uma bandeja com café da manhã na cama. Ele estava tão animado com todas as ideias que vinham em sua mente que talvez as coisas seriam ainda melhores do que quando eles se casaram.
Tão logo ele abriu a porta da cozinha, o olhar de Lynn no entanto, o desencorajou. Ela ficou surpresa com a sua chegada mais cedo e um pouco frustrada por não poder ter esse tempo para si mesma. Lizzy, por outro lado, era agora toda sorrisos nos braços do pai. Carl fingiu não ver o rosto desapontado da esposa, chegou perto dela e lhe deu um beijo. “Surpresa, querida?”, perguntou ele enquanto segurava Lizzy.
'Sim e não ... Eu sabia que você não iria ficar até mais tarde hoje ... você detesta chegar tarde em casa, não é? E sabe do que mais, o jantar não está pronto e eu acho que você sabe o porquê disto!' Ela se sentiu mal de ter agido assim, mas estava zangada demais para fingir que as coisas estavam bem.
Bem, então por que nós não saímos para jantar ? "Ele tentou se concentrar em seu objetivo para aquela noite.
‘Nós poderíamos, mas eu teria que me arrumar e eu simplesmente não estou no clima. Eu vou preparar algo rápido para nos comermos, você se importa?’
"Não, de modo algum, aliás nós podemos fazer isso juntos!" constantemente dizendo a si mesmo para se concentrar. Ele colocou Lizzy de volta em sua cadeira, pegou a mão de Lynn, trouxe-a perto de seu peito e lhe disse: "Eu senti sua falta hoje." Seus olhos castanhos tão profundos e bonitos estavam olhando para os dela agora. Marilynn sentiu-se péssima por lhe dirigir um olhar frio, então baixou o olhar e disse: 'Eu realmente acho que nós precisamos acertar as coisas entre nós antes de começarmos a nos tornar românticos, não é?’ E isso foi o suficiente para lhe fazer perder a paciência.
“Oh, Lynn por que você tem que ser tão difícil? Aqui estou eu tentando me aproximar de você e tudo que você quer é levar-nos de volta para as coisas que nos mantém separados? " Ele virou as costas para ela agora, tentando evitar seu olhos frios e indiferentes.
'Bem, o que você quer que eu faça?’ Seu tom de voz era um pouco mais alto do que antes. ‘Você quer que eu esqueça de tudo que eu tenho passado apenas para que as coisas possam voltar ao normal? Eu vou lhe dizer algo; as coisas nunca vão voltar ao normal porque nós somos diferentes agora.’ E com isso, ela saiu do quarto, trancou a porta do banheiro atrás de si, e desejou poder desaparecer.